segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

A Filosofia de Nietzsche

Uma antítese «fisiológica» da vida humana:

“No sonho e na embriaguez regressa a antítese…”

“O sonho é como que a força humana inconsciente, criadora de formas. O sonho cria o mundo das imagens, o cenário das formas, das figuras; a sua magia produz a a
parência bela que proporciona à alma a felicidade de uma visão definida; o sonho… é uma visão criadora.”
“A embriaguez é encarada como qualquer coisa de humano, como aquele estado de êxtase onde temos o sentimento da queda de todas as barreiras, de sairmos de nós próprios, de nos tornarmos um com o todo, de desaguarmos, de mergulharmos no oceano infinito…” Porém “a embriaguez é um delírio báquico que destrói, despedaça, reabsorve todas as formas, que suprime tudo…É o grande ímpeto de vida.”

In Nietzsches Philosophie, Engen Fink
Tradução de Joaquim L. D. Peixoto
Editorial Presença.

Nietzsche desceu ao mais íntimo do ser humano, mergulhou nos diferentes estados de alma e metamorfoseou-os em realidades antagónicas. De facto, para penetrarmos na essência do ser humano, necessitamos de personificar os seus sonhos e as suas transformações vis, pois só assim alcançamos visões criadoras ou deformadoras do mundo…
Seguir a reflexão filosófica de Nietzsche, permite-nos ir mais além na compreensão do mistério do ser humano e na desmistificação do seu inconsciente.

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