quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A Vidente de Sevenwaters


Sibeal sempre soube que estava destinada a uma vida espiritual e entregou-se de corpo e alma à sua vocação. Antes de cumprir os últimos votos para se tornar uma druidesa, Ciarán, o seu mestre, envia-a numa viagem de recreio à ilha de Inis Eala, para passar o Verão com as irmãs, Muirrin e Clodagh.
Sibeal ainda mal chegou a Inis Eala, quando uma insólita tempestade rebenta no mar, afundando um barco nórdico mesmo diante dos seus olhos. Apesar dos esforços, apenas dois sobreviventes são recolhidos da água. O dom da Visão conduz Sibeal ao terceiro náufrago, um homem a quem dá o nome de Ardal e cuja vida se sustém por um fio. Enquanto Ardal trava a sua dura batalha com a morte, um laço capaz de desafiar todas as convenções forma-se entre Sibeal e o jovem desconhecido.
A comunidade da ilha suspeita que algo de errado se passa com os três náufragos. A bela Svala é muda e perturbada. O vigoroso guerreiro Knut parece ter vergonha da sua enlutada mulher.
E Ardal tem um segredo de que não consegue lembrar-se – ou prefere não contar. Quando a incrível verdade vem à superfície, Sibeal vê-se envolvida numa perigosa demanda.
O desafio será uma viagem às profundezas do saber druídico, mas, também, aos abismos insondáveis do crescimento e da paixão. No fim, Sibeal terá de escolher – e essa escolha mudará a sua vida para sempre.
 
 in Planeta
 

 
Olá amigos das leituras, estou timidamente de regresso às minhas leituras e acabei de ler A Vidente de Sevenwaters... Como sabem, sou fã de Juliet Marillier, no entanto este livro, apesar de continuar na linha de escrita desta fabulosa escritora, não me seduziu como os livros anteriores... como se tivesse faltado algo... Vamos aguardar pelo próximo...


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A Areia e o Mar

No dia da Amizade e do Amor - "dia de S. Valentim" - ofereçam aos vossos filhos o livro da autora Cândida Luz :"A Areia e o Mar.
Cândida Luz nasceu em 1968, na cidade de Calw, situada na orla da Floresta Negra, na Alemanha.

Desde pequena, cultivou o gosto pelo conto ao ouvir os seus pais, durante a hora da refeição, a contar estórias com muita imaginação.

Atualmente, vive em Vila Nova de Gaia, onde continua a cultivar o prazer de contar e de povoar o imaginário de todos aqueles que têm vontade de abraçar o mar da invenção e da emoção.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Pensamento

“Nesse caso, terás de te julgar a ti próprio, disse o rei. Isso é o mais difícil de tudo.
É muito mais difícil julgares-te a ti próprio do que julgar os outros.
Se fores bem-sucedido ao julgares-te a ti próprio, terás encontrado a verdadeira sabedoria”.

Saint-Exupery, O Principezinho

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

BOAS FESTAS

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Fogo

Sobre a obra:
Ela é a última da sua espécie … Vivem-se momentos conturbados nos Dells. Enquanto o rei Nash faz tudo para se manter no trono, o seu estatuto é ameaçado por chefes revolucionários que armam exércitos para o tirar do poder. À medida que a guerra se aproxima, as montanhas e florestas da região enchem-se de espiões e saltimbancos. É nestes domínios cheios de ameaças que vive Fogo, uma rapariga de cabelos vermelhos cuja beleza é impossível de resistir. A juntar à beleza enfeitiçante, Fogo tem o incrível poder de controlar as mentes de todos de quem se aproxima. O único ser imune ao poder de Fogo é o jovem Príncipe Brigan, filho do rei Nash.

Romântico e misterioso, Fogo é o segundo volume da Saga dos Sete Reinos, iniciada com Graceling - O Dom de Katsa. A história de Fogo precede no tempo a história do primeiro livro da saga. Quem entra nos Sete Reinos já não consegue sair.

Sobre Graceling - O dom de Katsa:

"Um primeiro romance original e absorvente… Katsa deita por terra todas as realidades biológicas e todos os estereótipos culturais da fraqueza feminina, o que constitui grande parte do seu encanto. É a encarnação do poder feminino… Kristin Cashore brinca com a ideia do desconforto causado por certos dons ou talentos durante a adolescência e como pode ser difícil lidar com eles… O livro apresenta uma parábola perfeita da adolescência, na qual as suas personagens se debatem com emoções turbulentas que têm de aprender a controlar… As personagens adolescentes deste romance, parecidas com algumas que conhecemos na vida real, aprendem a viver com os seus dons.”

The New York Times Book Review

“Kristin Cashore cria personagens com profundidade, subtileza e mestria, que agradarão tanto a jovens como a adultos… Uma estreia impressionante.”

Booklist
“Uma estreia segura no reino da fantasia que aborda de forma fascinante questões de identidade, autenticidade e autonomia… Um livro com um dom, em todos os sentidos.”

Kirkus Reviews

“Esta história de amor vai saciar a sede dos fãs de Crepúsculo, mas um dos méritos deste livro é precisamente a sua capacidade para cativar um público muito vasto e diversificado de leitores…Com esta estreia deslumbrante, a autora elevou o nível a um patamar muito alto.”

Publisher’s Weekly

Sobre autor:

Kristin Cashore tem nacionalidade americana, cresceu com os pais, as três irmãs e muitos gatos no estado da Pensilvânia, numa aldeia com vacas, celeiros e montanhas. Estudou em Williams College, no estado de Massachusetts. Depois de um périplo por várias cidades americanas e europeias, regressou a Boston, onde concluiu um mestrado no Centro de Estudos de Literatura Infantil em Simmons College. E foi aí que começou a escrever para o público infanto-juvenil. Recentemente, mudou-se da Flórida para a cidade universitária de Cambridge, no estado de Massachusetts, e está a adorar voltar a viver numa região com quatro estações. Fogo é o seu segundo romance, e o segundo volume da trilogia dos Sete Reinos.

Aconselho...

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Paixão de Deus pelos Homens

Recebi hoje este livro de oferta, não posso deixar de agradecer profundamente a amizade que nos tem dedicado. Muito obrigado Padre João Teixeira. Um abraço amigo.

"Este livro é uma colectânea de reflexões do autor referentes a temas actuais, a partir de aspectos religiosos, humanos e sociais. Questiona o cristão sobre a sociedade europeia de hoje, com todas as suas problemáticas e valores. É um livro de Teologia Fundamental, de Sociologia e Antropologia Teológica muito adaptado à sociedade portuguesa. Texto reflectido, exuberante de informações culturais, com vasto espectro de proveniências. Um texto "mastigado" ao sentir das "vagas" teológicas essenciais que andam pela Europa.


Num tempo de incertezas e crises, é uma óptima leitura que ajuda na reflexão e busca de novos caminhos."

Autor: João António Pinheiro Teixeira
N.º Páginas: 168
Edição: 1ª
ISBN: 9789723015447
Dimensões: 14 x 21

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Livro Leituras d'Ouro

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Dos Grandes, Leituras D' Ouro, Para os Pequenos

O Coordenador da Equipa de Apoio às Escolas Douro Sul / DREN, César Luís de Carvalho, e os autores Ana Fonseca Marta, Ana Lúcia Baptista, Ana Maria Pinto, António Manuel Pinto, Arménio de Vasconcelos, Carlos Magalhães, Carlos Manuel Albuquerque, Cármina Fonseca, Celita Leitão, Cristina Bernardes, Cristina Correia, Daniel C. Teixeira Pinto, Dulce Pereira, Fátima Sousa, Fernando Marado, Henrique Magalhães, Isaac Reis Proença, Isabel Cristina Santos, Isilda Lourenço Afonso, João António Teixeira, João Ferraz, Joaquim Duarte, Joaquim Cardoso Rodrigues, Joaquim Dias Rebelo, José Augusto Marques, Lídia Valadares, Macário Ribeiro de Almeida, Fernanda Sengo, Judite Pereira, Maria Natália Rebelo de Seixas, Mário Ferreira, Minervina Dias, Paulo Barradas, Paulo Miguel Vaz, Pedro Cálix, Sandra Gouveia, Teresa Oliveira Baptista e Victor Rebelo, têm a honra de convidar Vossa Excelência para a sessão de apresentação pública do livro Dos Grandes, Leituras D’Ouro, Para os Pequenos, prefaciado pelo Ex.mo Diretor Regional da Educação do Norte, Dr. António Leite, pelas 18h do dia 24 de maio, no auditório do centro pastoral de Almacave, em Lamego.
"Depois da Obra Histórias D’Ouro, o Rio, os Rios e os Montes, em 2007, eis que nasce Dos Grandes, Leituras D’Ouro, Para os Pequenos, um Livro escrito para os mais novos, igualmente sob a égide da Equipa de Apoio às Escolas Douro Sul /DREN. Também desta forma, a EAE Douro Sul cumpre os ditames da Missão de que foi incumbida, materializando, uma vez mais, a sua ação promotora de iniciativas em prol de uma Educação melhor e mais equitativa. Leituras D’Ouro é, pois, o recetáculo de histórias, vivências e ilustrações criadas por adultos que aceitaram o desafio de mostrar Valores, por entre as letras... para que se cumpra o alto desígnio do Sistema Educativo: formar Cidadãos Conscientes, Honestos e Responsáveis!"

O Coordenador da EAE Douro Sul / DREN César Luís de Carvalho

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Cristina Correia... poesia dos nossos dias

Cristina Correia nasceu em 1965 na Guiné-Bissau. Licenciatura Animação Sócio-Cultural (Educação, Desporto e Cultura) - ESEV - IPV 2002. Possui Medalhas e Diplomas de “Honra ao Mérito Cultural” no âmbito literário e Cursos de Formação e Especialização na área de Bibliotecas Escolares/Professor Bibliotecário - FEUP 2004 Porto / FPCEUP 2005 Porto e Curso de Educação de Infância 1986. Colaboradora em Jornais Regionais. Exerce funções Técnico-Pedagógicas na DREN – Ministério da Educação - EAE Douro Sul.
Autora do livro Poesia “Cerne e o Verso” 2002 DEP. LEGAL: PT -- 150874/00 (http://catalogo.bnportugal.pt/) e Co-autora de vários livros de poesia, prosa poética. Figura no Dicionário dos Autores do Distrito de Leiria - Actualização ao séc. XX - 2004. Vice-presidente da Academia de Letras e Artes Lusófonas ACLAL http://www.aclal.org/

Obra da autora Cristina Correia a publicar: “À Procura de Uma Identidade Cultural - o trabalho e o lazer no contexto rural do espaço duriense”, um livro assinado pelos prefaciadores: «É muito animador poder apreciar trabalhos desta natureza, onde, através de uma reinterpretação das obras de autores durienses na sua relação com os espaços naturais e culturais que as inspiraram, se procura a matriz de uma identidade cultural. Esta procura da identidade, tendo o Douro (o Rio, a Região e o Homem) como emblema, é um desafio que a todos deve motivar. E mais ainda quando a grande aposta é levar as novas gerações a redescobrirem este reino mágico que inspirou trovadores e poetas - um papel que à autora, enquanto professora, cabe desempenhar, e que, neste trabalho académico, demonstra bem a vocação e a sensibilidade para o conseguir.» Alexandre Parafita - Escritor e Investigador. (Centro de Tradições Populares Portuguesas da Univ. Lisboa).

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4 Poemas, 4 Mulheres…
Mulher Mãe
Do meu mar imenso extravasa, fronteiras
que das lembranças do meu ser, tua visita é presença.
E do meu olhar das parcelas dispersas, até à eternidade,
sinto teu olhar intranquilo, aveludado...
Até sorver o pensamento do universo
comungamos palavras adormecidas e outras vozes...
Ressuscito poemas e nas vozes dos anjos,
ventanias de aromas povoam as casas de pedra da aldeia do mundo,
o âmbar e a cidreira repousam junto das nossas memórias,
almas unidas até além da morte...Mulher,
somos verbo, pujança e trilho.
E quando o céu povoa silêncios, recolhemos
e reunidas reinventamos as palavras
adormecidas nas vozes de estrelas,
guardiãs da nossa consciência, eternamente.
E lutamos.
Mulher Solidão
No burilar da minha solidão
viajo pelo mundo, sem tempo
minha asa pousa "no parapeito da janela do silêncio"
e cai
uma lágrima quente a doer, sem voz
ave ferida...
No burilar da minha solidão
arranco da terra sofrida
a solidão presente
e convivo
nos momentos-horizontes
odor de gaivota-mar.
No burilar da minha solidão
escrevo na água "memória do sempre"
sílabas de paz, fugindo de feridas,
pedindo a Deus
retalhos rendilhados de júbilo
repletos de luz.
No burilar da minha solidão
guardo um musgo,
anos que me restam de vida...
diluída em oração,
sou raiz a "visitar os meus sonhos"
somos nós, a viagem e o tempo.
Mulheres,
Comovidas e Mudas
Ainda sinto o rosto molhado,
por entre as rugas, a água teima em não secar,
e no meu peito rasgado de dor
a angústia de não ter "pátria",
fere-me a alma.
...E num canto de mim,
guardo um musgo,
não de trevas
mas de luz...
Sou benigna,
não sou ninguém!
Sou apenas, sonho, fé,
passos d'alma,
calcorreando
o desconhecido.
No meu incauto,
tenho a minha humanidade!
Levanto-a, como um círio,
a flamejar na noite escura,
e sinto pregos, e seiva,
e hinos em meu peito...
Ah!
Eu amo o Genuíno e o Labor,
Amo as gentes, as palavras, os sonhos...
O sentido das palavras, e das emoções,
Sou apenas, Mulher.
Mulher Coragem
Escuta.
Quero dizer-te
um pequeno segredo.
És a força da Natureza,
De todas as raças, em todos os cantos.
De onde tu vens, tão corajosa!
Meus olhos pousam em ti,
Na tua cândida ternura,
Na tua alma em luto.
Deixa que a vida me diga de ti,
O trabalho, a labuta, a faina…
as mãos gretadas, o perfume das rosas
no teu corpo abençoado.
Deixa que a vida me diga de ti,
o rosto da humanidade sofrida,
o fruto do amanhã, a esperança no infinito,
o presente, Sempre.

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(A propósito de Cristina Correia)

[...] A arte, a emoção, a afectividade não se medem: sentem-se. A interferência da lógica é limitada ou nula. (…) Vou agora percorrer os poemas que pretendo comentar, isto é, os caminhos onde Cristina Correia se demorou, tocada pela emoção que a inspirou, estremecendo sob a impressão sofrida, reflectindo na novidade que a visitou, meditando na escolha da palavra adequada, indo ao encontro do ritmo imediatamente conseguido ou oficinalmente obtido, na alegria da necessidade cumprida. Vou pousando os olhos nos versos transparentes ou velados, mas sempre sóbrios de dramatismo espectacular; e demorando o pensamento nas imagens sugestivas. Assim me demoro (…). Interrompo a caminhada e digo interrompo, porque espero repetir a leitura da poeta Cristina Correia. Cada poema um caminho, uma hora, um momento, o intimismo velado ou revelado. Sempre que for relido, os caminhos desdobrar-se-ão, alterar-se-ão, porque nunca se repetem iguais, nem para a autora nem para o leitor. Mas várias coisas permanecerão como denominadores comuns. A sinceridade pura da poesia, o poeta que fita o universo e se debruça dentro de si próprio, que sabe transformar a alma em tinta, a tinta em palavras ritmadas e, por fim, o ritmo em comunicação. Tudo isto é poesia, que, magicamente, fica a repercutir-se. [...] Armando Pinheiro (ARMANDO PINHEIRO nasceu no Porto, em 1922. Médico e reputado poeta. Publicou mais de uma centena de livros de poesia e organizou o volume Sonetos Portugueses. Licenciou-se em Medicina, pela Faculdade de Medicina do Porto, em Julho de 1945. Foi Interno na Estância Sanatorial do Caramulo desde 1945 até 1947. No regresso do Caramulo, foi Médico Auxiliar e depois Broncologista no Sanatório Rodrigues Semide, onde criou o Serviço de Broncologia. Chefiou o Serviço de Broncologia do Sanatório D. Manuel II, entre 1955 e 1970. Foi director do Serviço de Cuidados Intensivos do Hospital de Santo António. Nele trabalhou desde a sua criação (1962) até à sua aposentação (1984). Publicou muitas dezenas de trabalhos médicos, alguns em revistas estrangeiras (França, Espanha, Holanda). Proferiu lições na Faculdade de Medicina do Porto, no Hospital de S. João, no Porto e em Lisboa. Em Maio de 1998 foi condecorado com a Medalha de Mérito da Ordem dos Médicos. Em Novembro de 1999, foi condecorado com a Medalha de Ouro da Sociedade Portuguesa de Pneumologia.)
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Terra de ninguém
Imagino que à passagem do tempo
somos uma estância em metamorfose,
percorremos o limite da utopia
a cada batimento da terra
e, só o silêncio nos é revelado.
Basta ler os lugares dos sonhos
e, de quem os habita.
Mas, na orla infinita do tempo incerto
da passagem da nossa existência humana
há ainda versos por ler
no enleio do fio dos dias.
Nada que agrida me é semelhante.
Nada que floresça me é indiferente.
Atravesso desertos
e, nos desencontros
descubro sinais visíveis, mil reflexos
de sustos e refúgios.
Inocularia na humanidade
alimento indispensável
para as almas da terra de ninguém,
onde a bondade ainda brilha.
Oiço, apenas, a memória que madruga
no envelhecimento da paz.
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Fosse eu sempre, uma metáfora apenas
...viajo contigo os caminhos, sempre que me pedires,
tão suavemente que só eu me escuto, inteiramente, a vontade do mundo inteiro…
…com a força do verso percorro os passos que me acompanham a alagar a alma…
…e, em cada percurso, sou aprendiz do tempo
…e, suporto a saudade do que não vivi…
…não sei quanto alento ainda tenho, sei que…
Fico só, inteiramente!
…e, contemplo as palavras mudas.
Pode ser que um dia, eu encontre um jardim que seja a quimera da minha árvore…
vou viajar, vou para um porto.
diz-me, poeta amigo
em que porto brotam os caminhos do pensamento-verdade, da luz, da liberdade...
…porque o meu ser sustido pela vida e pela morte arquiva as palavras
não somente dos poetas mas dos seres terrestres dos pássaros dos gatos
do mar dos rostos dos sofrimentos da guerra da esperança
do espelho do olhar das almas
diz-me, poeta amigo
o rio há-de trazer os recados de Deus
o mar segredará os mistérios de ser e ser-se
…porque o tempo em que vivo morre num porto de África junto ao Geba onde nasceu
…porque se o tempo albergar como um rio onde tudo flui as quimeras dos humanos
Ah… então não haveria tempo para tantos séculos de história nem espaço para os tomos de ciências ancestrais diz-me, poeta amigo o abraço de Deus é luz, flor lilaz, trepadeira selvagem, vales e montes, árvores de ninho, nossos filhos, o dom da ubiquidade, fontes de hiatos vazios...
…que do nada ao menos fique minha razão de viver meu filho ventre rasgado
para teu viver meu monumento de palavras
...porque do trabalho acordo-me ser aprisionado abre-se um lugar no silêncio do poente dos dias e aos
poetas só se pedem palavras e silêncios
...porque somos assim numa guerra assimétrica a doer a erradicar famílias
somos assim humanos de Deus
…que fique só um monumento de palavras sem dor sem mágoas.
…porque o meu ser sustido pela vida e pela morte arquiva sofrimentos da guerra da esperança do espelho do olhar das almas.
digo-te, poeta amigo
o abraço de Deus é um poeta amigo, também.
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Abraço
Na terra das palavras
havia poemas e sonhos,
na tua mão eu os colhi.
E na seiva do teu olhar
fui plantar folhas de seda
que colhi no alto mar
preciosas, só para ti…
Sete abraços enfeitaram
pedaços da terra do céu,
sete silêncios cantaram
os Anjos,
melodias, junto de mim
perto de ti…
Aqui jaz
o túmulo do âmago
e o silêncio dos guiados.
Viesse um vento...
eu poderia elevar a vela
num cântico além-mundo.
As mãos cansadas
cantam um poema livre,
a qualquer hora de solidão,
palavra fértil
num vazio derrotado...
Onde cabe o nada
abundam sementes
a anuir
sempre com alma
a embrulhar silêncios...
O cordão umbilical,
o cheiro a rosas,
sabor a lágrimas...
nostalgia.
O contentamento desmedido, o suspiro
e a saudade perpétua do nascer.
Convivo
com brandura
o momento.
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Momento
Éramos peregrinos,
cruzámos nossos olhos
dispersos em fragmentos
no rumor do porto rio...
enterraram-se no tempo como farpas.
Hoje,
que eu já não sei
senão eu,
só levo uma mágoa,
um lamento, neste berço de anciania.
A memória devolve
minha ânsia de serenar
esses rostos... indiferentes
descem do crepúsculo em brumas brandas.

Quando o derradeiro pássaro perecer,
não pertenço mais à vida.
Oh! tempo da minha infância!
Manto bordado de Deus!
Deixa-me fitar-te,
somente sou, quando em verso...
E no regresso
tudo coube no olhar com que não vi...
A bonina da fé
portadora dos poetas, dos afagos.
Minha face em luto,
labirinto envelhecido
e, sem saber de mim
brota no intervalo do tempo
a lembrança de uma ruga.
Minha face em cinza,
morre sem renunciar um corte, um risco, uma névoa
e, por vezes, num segundo se aprisiona
o momento.

Quando o derradeiro sopro findar,
não pertenço mais à vida.
E tocará esse piano
neste descaminho benigno,
não conhecendo quem o escute.
Só de longe e recôndito,
o espírito em que habita
tacteará meu rosto
sobre o regaço morno
dum livro cálido
tocado pela emoção.
Sei que já nada é querido.
Venha a viagem quando Deus quiser.
Enquanto houver uns olhos que brilham,
outros olhos que os fitam,
pende meu seio outro céu.
No corpo já almeja outro mar,
minha memória, minha África,
Oh! tempo da minha infância!

Via Cristina Correia
http://cerneeoverso.blogspot.com/
http://dourosulacontece.blogspot.com/

Obrigado pela partilha e pela amizade.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Hoje estou a ler... A Declaração dos Direitos Humanos


Artigo 26.º

1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.

2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.

3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Nunca Desista dos Seus Sonhos

Um livro para as pessoas que sonham, as que não sonham e as que por alguma razão, desistiram de sonhar. Não se trata dos sonhos que temos quando dormimos e sim dos projetos que temos, das metas que traçamos e dos objetivos a serem alcançados. As pessoas bem sucedidas na vida tiveram sonhos e acreditaram neles. É preciso ter sonhos. Sem sonhos não há conquistas, não há realizações. Sem sonhos não se chega a lugar algum. Mas não adianta sonhar e não lutar para tornar os sonhos realidade, porque sem luta não há vitória. Esse livro fala sobre a importância de ser um sonhador, o autor coloca em destaque um homem que foi um dos maiores sonhadores da humanidade, JESUS, relata ainda que o maior colecionador de derrotas foi ABRAHAM LINCON que lutou muito e conseguiu vencer por seus sonhos.

O autor faz uma análise de quatro personagens, sendo três históricos: Jesus Cristo, Abraham Lincoln e Martin Luther King, e o 4º (quarto), ele mesmo.

Autor: Augusto Cury é psiquiatra, psicoterapeuta, escritor e cientista. Desenvolve em Espanha pesquisa em Ciência da Educação e, após a construção da teoria de Inteligência Multifocal, continua a desenvolver estudos sobre as dinâmicas da emoção e da construção dos pensamentos. Dirige a Academia da Inteligência no Brasil, um instituto de formação para psicólogos, educadores e outros profissionais, e actualmente os seus livros são usados em pesquisas de pós-graduação nas mais diversas áreas das Ciências Humanas.

À sua actividade, alia ainda a participação em congressos e conferências em diversos pontos do mundo, onde os seus livros estão publicados.

Mais um livro fabuloso de Augusto Cury...

É um livro que nos abre horizontes e nos faz questionar as razões da vida... De fácil leitura, ficamos agarrados às páginas com sede de mais letras e de mais palavras...

Sonhar é bom, muito bom... Façamos com que a vida seja a realização dos nossos sonhos!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A Casa dos Sete Pecados

Título: A Casa dos Sete Pecados
Autor: Mari Pau Domínguez
Título Original: La Casa de Los Siete Pecados
Tradução: Mário Bruno Cruz e Antonella da Silva
N.º de Páginas: 320
Colecção: Grandes Narrativas N.º 477
PVP: 16,90€
Data de Publicação: 2 de Setembro de 2010

Romance espanhol considerado “excelente” por José Saramago

Madrid, 1568. A morte de Isabel de Valois leva o rei Felipe II a aceitar desposar a sobrinha, Ana de Áustria, com o objectivo de garantir ao reino um filho varão. Porém, sinceramente abalado pela morte da rainha, Felipe não encontra consolo nos braços da nova esposa mas sim nos da jovem aia das suas filhas, Elena Méndez. Na sua condição de soberano da monarquia mais poderosa do seu tempo, Felipe sabe que qualquer passo em falso pode ter consequências imprevisíveis, mas, dividido entre o desejo e a culpa, toma uma decisão que acabará por se revelar trágica e por mudar para sempre todos os envolvidos…

Sobre a autora:
Mari Pau Domínguez é escritora e jornalista, tendo ao longo da sua carreira trabalhado, entre outros meios, para a TVE, Telemadrid e para a cadeia SER. Colabora regularmente com a revista Yo Dona. É autora de vários livros, tendo o mais recente, A Casa dos Sete Pecados, sido galardoado com o Prémio Caja Granada de romance histórico.

Citação:
«Um rigor histórico inexcedível, o talento narrativo e o poder de criar atmosferas da autora conduzem o leitor, sem pausas, da primeira à última página. Um romance excelente.» - José Saramago

Consegui, durante as interrupções lectivas, encontrar um tempinho para ler por PRAZER... sem ser todos aqueles livros que tenho de ler por "obrigação" para acabar o meu trabalho...

Pois bem, recebi este Natal, de uma pessoa muito especial, este livro de Mari Pau Domínguez... Interessante, Cativante... No entanto não o achei "excelente"... Gostei o suficiente para conseguir chegar ao fim mas, não será um livro que irei recordar durante muito tempo. Contudo, tenho de lhe dar mérito pelas descrições históricas que enriquecem a cultura geral de qualquer um...

Para os apaixonados por História e Romances de Alcova... Gostei...

Até breve Amigos!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Pedagogia da convivência

Tenho andado fugida, eu sei... muitas desculpas por isso... muitas são as obras que tenho lido mas todas elas de carácter académico... sempre que possa vou tentar voltar a este espaço para deixar algumas sugestões dessas leituras mais do que algumas reflexões...
Beijos para todos.

Pedagogia da Convivência
Uma obra relevante... aconselho a sua leitura.

Autor: Xesús R. Jares

ISBN: 978-972-8562-43-4
pp. 246

"Este livro surge da experiência pessoal do autor como professor, formador de formadores, criador e coordenador de programas de convivência, investigador, mediador e pai. É, pois, um livro que tem por base a experiência reflexiva, a investigação e a intervenção em diferentes contextos educativos. Livro destinado fundamentalmente aos professores de todos os níveis educativos, aos pais e às mães, Pedagogia da Convivência é um convite ao dialogo, à reflexão critica e à intervenção global sobe um tema essencial para o nosso modelo educativo e social, ao mesmo tempo que tenta demonstrar que é possível e necessário educar para a convivência a partir de critérios democráticos. O primeiro capítulo indaga sobre os marcos e conteúdos da pedagogia da convivência – respeito, direitos humanos, ternura, dialogo, solidariedade, perdão, esperança, etc. –, assim como sobre os seus factores desagregadores – o ódio, os maniqueísmos, os fundamentalismos, o medo, etc. –. No segundo, expõem-se os principais resultados da investigação “Conflito e convivência nas centros educativos do secundário (1)”, que pretende responder a duas perguntas fundamentais, de que forma professores e alunos percepcionam as situações de convivência e de violência nas suas escolas? E que estratégias e espaços reconhecem como serem utilizados para melhorar estas situações?

Os capítulos que se seguem situam-se no âmbito das propostas e experiências. No terceiro apresentam-se, a partir de uma perspectiva global e integrada, diversas propostas para as diferentes campos da acção escolar. No quarto aborda-se a experiência relativa à criação do serviço de mediação numa escola secundária (1). O quinto e último capítulo é dedicado ao papel das famílias na educação para a convivência. Nesse mesmo capítulo se coloca a questão sobre as razões do desencontro família - escola, os erros cometidos na educação familiar e se apresentam algumas propostas para converter as famílias no primeiro laboratório de resolução não violenta de conflitos desde os primeiros anos de idade".

segunda-feira, 12 de julho de 2010

LIBERDADE

Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa

quarta-feira, 7 de julho de 2010

V Feira do Livro MAIA

16.30h – Encontro/apresentação "A nuvem ou o sonho de ser almofada" de Cristina Bernardes – Infanto-juvenil e comunidade em geral.

Uma história encantadora sobre Oceana, uma nuvenzinha muito especial que tinha o sonho de se tornar almofada... No final, Oceana transforma-se na almofada de Serena, uma menina que vive num orfanato e que não tinha a sua própria almofada. Felizes, deixaram de estar sozinhas e passaram a ter-se uma à outra.