Eça de Queiroz, “A Decadência do riso”, in Notas Contemporâneas, Lisboa, Edição “Livros do Brasil”, 2000, pp.165-166.

«Por uma empatia muito especial; percorri viagens nos romances e contos de Eça de Queiroz, não só em busca de prazer, mas principalmente em busca de algo que me despertasse uma curiosidade muito especial.
Desta maneira, iniciei uma longa caminhada sempre na companhia de personagens marcantes da obra queirosiana.
Naveguei com Teodorico até à cidade Santa, Jerusalém, em busca de A Relíquia para a sua querida Titi. Enjoei nos paquetes com Teodoro até à China em O Mandarim. Emocionei-me com os amores trágicos que envolveram o Padre Amaro e Amélia em O Crime do Padre Amaro, Luísa e Basílio em O Primo Basílio, Carlos Eduardo e Maria Eduarda em Os Maias, Vítor e Genoveva em A Tragédia da Rua das Flores. Visitei A Capital com Artur. Entediei-me na cidade de Paris, percorri as serras de Tormes e redescobri o riso com Jacinto em A Cidade e As Serras. Descobri a Torre de Gonçalo em A Ilustre Casa de Ramires. Sonhei e viajei em Os Contos, e por fim, descansei em “Um dia de chuva”.
Com estas leituras, o meu apreço pela escrita deste autor do século XIX cresceu e foi assim que a minha peregrinação à descoberta de uma simples palavra como o “bocejo” se iniciou. »
Um trabalho teórico que espero que seja útil para todos os que sofrem de "ecite".
10 comentários:
Passando pra desejar uma ótima sexta!
Tese de mestrado? Doutoramento?
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes
Obrigado Carla. :O)
Olá Filipe, para responder à sua pergunta: mestrado... O doutoramento estou agora a trabalhar nele. ^
Cumprimentos.
Olá Cristina!! Parabéns pelo blog, muito inteligente e criativo.
Bjs e ótimo final de semana.
Muitos parabéns. Faz muito bem em investir na formação, sobretudo quando estamos a falar de algo que é tão essencial como a literatura. Para mais, Eça merece tudo isso.
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes
Bem, deixo aqui o meu comentário de grande apreço e estima e desejo as maiores felicidades para esta etapa literária.
Em relação a Eça de Queiroz, devo confessar particularmente que esta é a minha obra preferida do mesmo autor por fazer a dicotomia cidade/ campo, a imponência da cidade mas da vida fugaz e da simplicidade do campo mas o encanto de viver na "santa terrinha" onde tudo tem um sabor especial.
Felicidades e tudo de bom
Beijos grandes
João Paulo S. Félix
Antes do mais, desejar parabéns pela tese de mestrado e boa sorte para o doutoramento. ;)
Confesso que só depois de ler Contos, nomeadamente o intitulado "Civilização", fiquei fascinada por Eça. Ainda não tive oportunidade de ler A Cidade e as Serras mas não tarda. Se tiver oportunidade também lerei este. ;)
Também já li e adorei rever o meu sábio Eça. Eu também sofro de Ecite e quando leio algo do Eça, delicio-me. Desta vez a dualidade ócio-tédio acpmpanhados de bocejos, retratam bem como não era só no século XIX que as pessoas que tudo tinham, não davam valor às coisas. É necessário vir para um meio onde tudo falta para se dar o verdadeiro valor às coisas do quotidiano.
É uma obra de contrastes, mas que bem lida, ensina e critica uma sociedade que não estava nada aquém do que hoje é.
Parabéns à Drª Cristina.
Isilda L. Afonso
Ora eu eu não sabia que a minha amiga havia escrito uma obra que se envolve na obra do mestre.
Muito bem e muitos parabéns!
Obrigado a todos pelo carinho e apoio. Beijos
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