domingo, 1 de novembro de 2009

Saborear a Simplicidade

"Não existem erros na vida, apenas lições. Não existem experiências negativas, apenas oportunidades para crescer, aprender e avançar ao longo da estrada do autodomínio. Da luta advém a força. Até a dor pode ser um professor magnífico." (Sharma, 2008, p. 54)

O livro “O Monge que Vendeu o seu Ferrari”, toma a forma de uma fábula sobre Julian Mantle, um advogado de alto nível com uma agenda louca e um conjunto de prioridades que o tornam um obcecado pelo dinheiro, poder e prestígio. Mantle representa os valores da nossa sociedade. A história é contada a partir da perspectiva de um dos seus associados, que admira o grande sucesso de Mantle e aspira a ser como ele.
Mas quando Mantle tem um ataque cardíaco, ele desaparece, vende todos os seus bens e vai em busca de uma existência mais significativa. Quando regressa, ele é um homem mudado. Ele aprendeu muito com a vida nos Himalaias, transmitindo conselhos práticos, que ele divide com John, o seu ex-associado.
Ao longo de uma narrativa, cheia de imprevistos e de realidades que todos reconhecemos como nossas, apresenta-se-nos um leque de conselhos e atitudes que deveremos tomar perante a vida. Tudo se resume à simplicidade, à persistência, à coragem, à humildade e ao amor à família. Entre outros rituais que aí nos são aconselhados não poderei deixar de vos citar, para que depois leiam em contexto, aquilo que constitui exactamente o valor do acto de ler no nosso quotidiano:

“…um livro é o melhor amigo dos sábios. Alguns livros são para saborear, outros para mastigar bem e, finalmente, outros ainda são par devorar inteiros. Para tirares o máximo partido de um grande livro, tens de estudá-lo e não apenas lê-lo. Estuda-o bem, trabalha-o, conhece-o como a palma da tua mão. Os sábios liam muitos livros de sapiência que tinham na sua vasta biblioteca, dez ou quinze vezes. Todos os problemas que alguém já teve ou terá, ao longo da sua vida, já foram vividos por outros. Lê os livros certos. Não é o que vais tirar dos livros que se torna tão enriquecedor… é o que os livros vão tirar de ti que acabará por mudar a tua vida (pp. 119-121)”

São palavras como estas que nos movem cada vez mais para a paixão dos livros, tal como nos diz mais adiante, isto para resumir o verdadeiro significado de uma vida simples mas atenta: “Não deixes de ver a floresta para lá das árvores”.

A mística das rosas é outra constante na literatura e aqui é utilizada para definir o nosso percurso de vida: “…uma rosa é muito parecida com a vida – encontras espinhos pelo meio, mas se tiveres fé e acreditares nos teus sonhos, acabarás por ultrapassar os espinhos e chegar ao coração glorioso da flor. Repara na sua cor, textura e forma. Saboreia o seu odor e concentra-te nesse objecto maravilhoso que tens à tua frente.” Lá pode haver algo de mais simples e singelo que uma rosa? Lembram-se da rosa do Principezinho? Agora misturemos a contemplação de uma rosa com a paz de um lago! Ouro sobre azul. E esta, hein?

O livro traz-nos à realidade. Deixemos as correrias e paremos um pouco, apenas para sentir… o silêncio!


Isilda Lourenço Afonso

7 comentários:

Tinkerbell disse...

vou começar a lê-lo uma amiga minha tem e aconselhou-me a lê-lo!

JM disse...

Obrigada pela sugestão :) Provavelmente todos já sentimos necessidade de nos despojarmos de tudo e ir em busca do sentido da vida.

Bjs*

Julianna Steffens disse...

otima sugestão ^~

Farofa de Batata =] disse...

Não sei pq esse livro não me atraiu, sei lá pq qd eu li me veio o monge e o executivo na cabeça, q coisa doida...eu sou meia avessa a livros desse gênero hahaha

Boa Terçaaa

Miquilis
Bru

Carla Martins disse...

Passando pra deixar um beijinho pós feriado. Semana curta, uhuuuuu!!!!

beijinhos

B. disse...

Gostei...pelo teu comentário parece-me um livro bastante interessante...

Bjs*

Paula disse...

Já ouvi falar muito neste livro. Tenho de o comprar e ler :)
Um abraço