
Do desejo de partilhar a sua experiência, a professora Maria do Carmo Vieira, neste pequeno livro, revela-nos a suas reflexões sobre o Ensino, sobre o papel da Escola na sociedade de hoje e sobre o gosto pela Leitura.
Acredita que é através do convívio com o Saber e a Arte que cada um de nós se entranha e humanamente se enriquece e se prepara para a vida. Esse papel cabe substancialmente às instituições escolares – a uma escola aberta a todos independentemente das suas diferenças, e que cultive valores como o esforço, o trabalho, a curiosidade, a amizade, o espírito de sacrifício e a exigência. Uma obra muito interessante...
"Toda a aprendizagem requer a harmonia entre o passado, presente e futuro, implicando uma estreita relação entre ensinar e aprender." p.30
Nesse sentido, tem lutado pela qualidade do ensino, nomeadamente do ensino da língua portuguesa, indissociável do ensino literatura – "literatura essa que, a seu ver, foi incorrectamente isolada da língua e subestimada na classificação de mero tipo de texto, a par do informativo e do pragmático, acarretando o consequente desprazer pela leitura e pela escrita."
Ouça aqui a entrevista dada pela professora Maria do Carmo Vieira à TSF.
3 comentários:
Passando pra deixar um beijinho brasileiro!
A Literatura vai regressar, não tenhamos dúvidas. A Maria do Carmo tem toda a razão. Como professora de língua materna, e alguém que deseja ensinar, transmite neste livro as ansiedades dos que partilham a literatura como o núcleo de uma verdadeira literacia nos dias que correm.
A adaptação dos clássicos para jovens e crianças está a aparecer e não é por acaso. Até o Expresso está a publicar algumas obras para esse efeito e recomendadas pela APP.
Obrigada, por nos dar a conhecer mais um livro cujo tema me interessa substancialmente. Pode emprestar-mo? Gostaria imenso de o ler. Quanto à literatura, ela vai ocupar o merecido lugar no novo Programa de Português. Aliás, como defende Maria do Carmo Vieira, não faz sentido dissociar o ensino da Língua da Literatura.É como separar as duas metades da "Bola de Berlim": o bolo fica incompleto, perde a identidade!
Beijinhos.
Lídia
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